A semana Yorùbá é composta por quatro dias principais, que são:
Ọjọ́ Àìkú: Este é o primeiro dia da semana Yorùbá, que se inicia ao pôr do sol no sábado e termina ao pôr do sol no domingo.
Ọjọ́ Ajé: Este é o segundo dia da semana Yorùbá, começando ao pôr do sol no domingo e terminando ao pôr do sol na segunda-feira.
Ọjọ́ Ìṣẹ́gun: Este é o terceiro dia, que começa ao pôr do sol na segunda-feira e termina ao pôr do sol na terça-feira.
Ọjọ́ rẹ́rìn: Este é o quarto dia, que começa ao pôr do sol na terça-feira e termina ao pôr do sol na quarta-feira.
Depois desses quatro dias, há o quinto dia chamado "Ọjọ́bọ" e o sexto dia chamado "Ọjọ́ ńla", seguidos pelo dia final da semana, "Aiku," que é o sétimo dia.
Os Yorùbá atribuem significados culturais, espirituais e práticos a esses dias da semana, e em algumas tradições religiosas, certos dias podem ser considerados auspiciosos para realizar determinadas atividades ou rituais. É importante notar que, enquanto esses dias têm suas nomenclaturas específicas, influências culturais e religiosas podem variar dentro da comunidade Yorùbá.
O contato cultural entre negros e brancos exigiu uma revisão na ordenação dos dias da semana, sendo aceito o sistema ocidental de sete dias. Foram designadas divindades tutelares para cada dia a fim de definir o tempo sagrado:
Segunda-feira — Èsú, Omolu
Terça-feira — Nànà, Òsùmàrè
Quarta-feira — Sàngó, Ìansã
Quinta-feira — Òsóòsì, Ògún
Sexta-feira — Òòsááláá
Sábado — Ìyemojá, Òsún
Domingo — Todas.
Os dias específicos para determinados rituais foram convencionados como variações de acordo com a natureza de certas divindades e as tradições seguidas por determinadas Casas:
Segunda-feira — obrigação para Èsù na maioria dos casos, com trabalhos de sacudimento e outros serviços espirituais.
Quarta-feira — oferecimento do Àmàlà e oferendas votivas; ritos de Bori ; nos ritos de iniciação, determina a entrada para as obrigações, a fim de que os 16 ou 17 dias de recolhimento tenham o seu término num Sábado, para a festa pública do Nome de Ìyàwó. Em alguns casos, não há esta obrigatoriedade de o nome ser dado num Sábado.
Sexta-feira — neste dia, o Candomblé paralisa suas atividades, por ser consagrado à Òsàlà. Resquícios do sincretismo pelo fato de Jesus ter morrido neste dia da semana, daí a expressão Sexta-feira Santa. Nos Candomblés jeje, uma pessoa recolhida para iniciação fica virada sempre, só desvirando às sextas-feiras.
Sábado — de madrugada, ritos de sacrifício, e à noite, as festas públicas.